De orvalho numa pétala de flor
Brilha tranqüila
Depois de leve oscila
E cai como uma lágrima de amor
A felicidade é uma coisa boa
E tão delicada também
Tem flores e amores
De todas as cores
Tem ninhos de passarinhos
Tudo de bom ela tem
E é por ela ser assim tão delicada
Que eu trato dela sempre muito bem
Tristeza não tem fim
Felicidade sim
Afelicidade é uma valiosa questão no campo da Psicanálise, quem sabe pela mesma questão que seja na vida do indivíduo. Evidente que há uma importância nesse sentimento e a saúde do homem. Felicidade se vincula ao gozo, algo que é eterno enquanto dura, e enquanto dura é boca, é pele, é mão,.... por fim é Pulsão que cada qual a encontra na sua subjetividade. Lembrando que a noção de gozo se faz apenas na redução do Outro ao outro, ficando o Outro reconhecido pelo seu resto - objeto a. Sendo inserida assim a noção de falta. Quem sabe - apenas goza quem sabe que realmente perdeu e assim camarada Vinicius de Moraes, se admita que a felicidade de leve oscila, pode ser breve, é linda, deve ser bem cuidada, e que a vida não tem remédio. Porém isso parece passar longe quando se fala nos últimos anos. Esse ressaltado "a" dito acima, chamado de pequeno "a", objeto "a", parece que não chega a ser vivenciado como uma favorável simbolização no individuo. É bem provável que pessoas assim não sabem se querem o que desejam. E talvez apliquem em suas vidas o "sem limite", ou seja, um desenfreado uso e consumo na beleza, na Internet, na segurança, na alimentação, cosméticos, remédios, remédios, remédios, estética, ............ .Um 'jogar-se no vazio'. Quase um fim do estruturante objeto a.