Massa pastosa incandescente, chão, ser vivo, ar, céu, nuvens, camadas, Terra, Lua, Sistema Solar, Universo... O que não passam de objetos inanimado, soltos a esmo. E que de fato se diferem do Sujeito. O qual só se faz aos laços das falácias do Outro, e surge como um significante, por ventura um ancoradouro a fala, deixando de ser apenas um aparecido. Sujeito é o que se pensa e sente de si, e torna isso um mito, e não há uma plena verdade que o resuma, logo fazemos um "DESCARTES" do penso logo existo e me apoio em paradoxos poéticos.....
Qualquer
Traço, linha, ponto de fuga
Um buraco de agulha ou de telha
Onde chova.
Qualquer pedra, passo, perna, braço
Parte de um pedaço que se mova.
Qualquer
Qualquer
Fresta, furo, vão de muro
Fenda, boca onde não se caiba.
Qualquer vento, nuvem, flor que se imagine além de onde o céu acaba
Qualquer carne, alcatre, quilo, aquilo sim e por que não?
Qualquer migalha, lasca, naco, grão molécula de pão
Qualquer
Qualquer dobra, nesga, rasgo, risco
Onde a prega, a ruga, o vinco da pele
Apareça
Qualquer
Lapso, abalo, curto-circuito
Qualquer susto que não se mereça
Qualquer curva de qualquer destino que desfaça o curso de qualquer certeza
Qualquer coisa
Qualquer coisa que não fique ilesa
Qualquer coisa
Qualquer coisa que não fixe
poesia de
(Arnaldo Antunes)
existo onde não penso?
ResponderExcluire viva a metafísica! Adorei o post!
ResponderExcluirosvaldo, muito bacana o seu blog.
ResponderExcluirbem melhor que tomar carbamazepina...
abraço.