quarta-feira, 24 de agosto de 2011

HOMOFOBIA, HOMOFOLIA.

Há certo tempo penso nesse tema, fenômeno, medo... Confesso, que com a freqüência que a mídia enfatizava ISSO, aumentava mais e mais minha necessidade de dar um nome a ISSO, e talvez de modo feliz chego a concluir e chamar de HOMOFOLIA.

É considerável pensar que a Homofobia seja uma Homofolia recalcada, que escapa em formas de ódio, tendo como seu oposto o amor. Entendo esse ponto como quem também sofre de um mau das más compreensões, como aquele que também sente as correntes desse rio que nos deixa a margem de um saber mais pulsivo quando ao que somos. Compartilho desse mau diariamente e por ser par a ele vejo e entendo os caminhos que o a aplicamos.

Falando um pouco mais dele entendo que seria como ter um amor falso, por não saber do mundo e do amor que estamos e temos, e que por fim perdoamos a Deus já em estado de graça maior e vemos que a incapacidade de compreender é nosso medo frente a morte, caso contrario vivemos um falso amor. Repetimos e Repetimos, repelimos e repelimos o verdadeiro amor.

Aceito a diferença e acolho, não por ser uma boa pessoa, mas por saber que não há nada mais além de nós mesmo para sermos, caso contrário amaremos a mentira, o nosso sintoma. Essa é a voz que se levanta frente à diferença, o sintoma, que nada mais é que uma incapacidade para não ser capaz, e esse capaz seja lá para que for. Essa voz hoje chamada de Homofobia. Uma tentativa angustiada de acreditar que se é diferente do homossexual. Oras, quem tanto desdém quer comprar. Parte-se ao ato, por não ter a capacidade de diferenciar, ou por se identificar. É como se não houvesse uma barreira e que um belo dia vários homossexuais invadiram suas casas, as ruas, as escolas e beijariam seus filhos e a si mesmo. Ao contrario, eles só querem viver seus desejos e a satisfação do desejo como causa arrepios em muitos.

Como sempre nossa cultura tem uma questão, problema, com o corpo, pois bem, é nele que se goza. Sempre foi motivo de esquecimento, privações, generalizações e ele ininterruptamente na contramão, abrindo um leque de possibilidades. Hoje vemos com coragem alguns desse leques possibilitarem novos ares e encontramos um medo, pessoas “mexidas”, a Homofolia, chamada de comumente de homofobia, que ataca pedra e recalca de um próprio desejo. Se incomoda, oras, aí tem....

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